10.20.2010

Panos e Estampas


TECER

O tecido acompanha o homem há milênios. A sua história mostra a evolução humana do estado nômade para os agrupamentos sociais– de onde surgiram os povos antigos.
A data exata de quando as peles animais foram trocadas pelo uso de fibras entrelaçadas (de origem animal ou vegetal) continua indefinida. Sabe-se, entretanto, que os corpos não sobreviveriam sem proteção.O ser humano precisa enfrentar as mudanças do tempo.

COBRIR

No decorrer de milênios, o tecido foi útil como traje, uso medicinal e de limpeza, proteção de bens, moeda de troca, entre diversos fins. O tecido têxtil é formado por redes de fibras naturais ou sintéticas – os fios. Cada fio surge de fibras de lã, linho, algodão ou outros materiais, em rodas de fiar que produzem longas cadeias. Os tecidos são formados por técnicas como tecelagem, tricô, crochê e colagem.
O tecido mais antigo descoberto na Europa veio da costa dinamarquesa e data do fim da Era Mesolítica – entre 4600 e 3200 anos antes da era atual. Mas existem descobertas de tecidos anteriores na Sierra del Norte, Peru.

DESCOBRIR

Foi logo em seguida à técnica da cestaria, nos primórdios da agricultura, que surgiram os primeiros tecidos. O linho teria sido o primeiro. Era feito por prensagem de fibras: talos vegetais molhados eram sovados sobre pedras, até que as fibras se soltassem e se emaranhassem. Em seguida, colocava-se os feixes em perpendicular, com o mesmo tratamento, até que formassem trançados. Depois o homem descobriu que algodão e chumaços de pêlo podiam ser trabalhados como lã.
Hoje os tecidos são produzidos a partir de materiais diversos, com quatro fontes principais: animal (lãs, sedas), vegetal (algodões, linhos), mineral e sintética (nylon, poliéster, acrílico). As fibras naturais, no século 20, evoluíram para fibras artificiais feitas a partir do petróleo. Técnicas novas contribuíram para o desenvolvimento mais acelerado do vestuário, que hoje é pensado como objeto com características ergonômicas, design, tecnologia de ponta e, principalmente, boa performance

INOVAR

Os produtos La Estampa estão adiante da utilização comum dos tecidos: propõem usos e funções muito além da proteção e do adorno. São tecidos que permitem mobilidade e interatividade entre as pessoas. Comunicam linguagens pessoais e trazem idéias que criamos com foco no indivíduo.
Isso significa inovação.

ESTAMPAR

No processo de aplicar cor/ imagens/ desenhos ao tecido, a cor se ligaà fibra nos estampados, para resistir a lavagens e à fricção. A impressão têxtil está relacionada à coloração.
As impressões vão do elementar e primitivo ao elaborado e tecnológico: blocos de madeira, estêncil, placas gravadas, rolos, serigrafia. Muitas são as técnicas para dar cor e padronagens ao tecido.
A arte de estampar é tão antiga quanto a existência das vestimentas.Na história, existem modelos pré-medievais de blocos de madeira sobre linho – os chineses, por volta de 200 da era atual, já utilizavam essa técnica com fios coloridos. Os tingimentos também eram naturais,com corantes de seivas de árvores, insetos e folhas. O tema predominante era a natureza.
Por volta do século 12, a impressão têxtil se estendeu pela Europa.Projetos ambiciosos foram feitos para fins decorativos. Os indianos eram mestres em estamparia. A chita, por exemplo, veio da Índiae ganhou imensa importância comercial, embora a Inglaterra a tenha ignorado por quase 90 anos. Os franceses deram caráter artísticoa esse tecido e seus padrões cromáticos foram copiados e originarama estamparia moderna.
A produção de estampas em série teve origem no século 16 quando tecidos indianos eram exportados para a Europa. Dali em diante, começava o processo industrial de estampar, coincidente com a invenção dos cilindros e da química de corantes.
Desde 1920 a indústria desenvolve novas fibras, corantes e técnicas.A cada ano, produtos e técnicas de extrusão de fibras são criados.Hoje existem métodos distintos para a produção de desenhos coloridos em tecido: impressão em blocos manuais, digital, tela, estêncil, estampagem com rolos de cobre, entre outros métodos em desenvolvimento.Nos últimos anos, o desenho têxtil nacional se expandiu por exigênciados mercados internos e externos, que buscam uma identidade brasileira.
Por tudo isso, La Estampa continua a inovar em padronagens e a desenvolver produtos inéditos para públicos exigentes, com uma equipe de criação sempre atenta a novos horizontes. A empresa sabe a importância de manter uma visão empresarial avançada.

texto de Laestampa.com.br

10.16.2010

PATTERN PEOPLE | E-BOOK

PATTERN PEOPLE está aceitando o envio de estampas para um e-book sobre design de superfície. Se aprovados, seus desenhos aparecerão no livro.
Eles estão procurando estampas e padronagens nas seguintes categorias: Florais, Geométricos, Texturas, Étnicos. O prazo para o envio é até 22 de outubro de 2010. Mande seus melhores desenhos!
Todos os detalhes podem ser conferidos no link a seguir:
www.patternpeople.com/submissions

10.11.2010

Matéria revista delas.ig

Saiba o que é design de superfície


Foco do trabalho da designer Renata Rubim, o design de superfícies pode ser fundamental para diferenciar um produto


Foto: Divulgação

Design de superfície da coleção Native para a Coza, produzida por Renanta Rubim

“Todos os objetos, sobretudo os criados pela civilização industrial, têm superfície. É para diferenciá-los entre si e entre todos, que a superfície merece identidade. A partir de conceituações visuais, como cor, textura e imagem, a área deixa de ser superficial para se tornar uma inovação estética”. É assim que Renata Rubim, talento brasileiro no trabalho com design de superfície, define o assunto. Precursora no segmento, foi Renata quem trouxe o conceito ao Brasil nos anos 80, após estudos na Rhode Island School of Design, nos Estados Unidos.

Nos EUA, o “Surface Design” ou Design de Superfície é amplamente utilizado: define todo projeto desenvolvido por um designer no que diz respeito ao tratamento dado à superfície de um produto, seja cor, textura, sensação tátil etc. Tapetes, azulejos, tecidos, papéis de parede, papéis de embrulhos de presente, utilidades domésticas e objetos de decoração são, entre outros, produtos tratados dentro desse conceito.

A importância do designer de superfície se dá por diversos motivos. Por exemplo, quando o projeto tem foco na cor, sabe-se que a sua escolha passa a ter um papel fundamental na atratividade do produto. A mesma coisa acontece quando o projeto tem foco em texturas ou superfícies táteis. Plásticos, cerâmicas e vidros se diferenciam qualitativamente em função das diferentes texturas ou tratamento das superfícies.

Foto: Divulgação

Motivo de malha criada pela designer Renata Rubim

Renata também trabalha com o produto, quando o mesmo se confunde com a própria superfície. No caso de um tapete, por exemplo, o design de superfície é parte da natureza do produto. Muitas vezes, o design de superfície de um piso é o resultado de um processo, com a escolha e elaboração da matéria-prima de um produto. Nesse caso, o designer trabalha com outros profissionais envolvidos no processo produtivo, participando cada vez mais na determinação do produto, indo além da função estética.

Outro ponto forte no trabalho de Renata é a questão da sustentabilidade, que segundo ela é umas das mais importantes na sua vida e em sua profissão. Para citar um de seus trabalhos que focam nesta questão, temos o uso de pisos cimentícios, que permitem a drenagem das águas pluviais, aumentando a permeabilidade do solo. Renata foi além do uso do produto como simples elemento de acabamento e pensou também como contribuição para reduzir as enchentes, somando inteligência e estética.

Atualmente, ela tem realizado trabalhos para importantes empresas ao criar novas coleções de produtos através de idéias inovadoras e workshops. Vale a pena conferir.

10.03.2010

O que é design de superfície?



Design de Superfície é uma atividade técnica e criativa cujo objetivo é a criação de imagens bidimensionais (texturas visuais e tácteis), projetadas especificamente para a constituição e/ou tratamento de superfícies, apresentando soluções estéticas e funcionais adequadas aos diferentes materiais e processos de fabricação artesanal e industrial (RÜTHSCHILLING, 2006).